Aureliano Tavares, coordenador de RH, revela avanços desse curso

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Entrevistamos Aureliano Tavares, um dos mais competentes profissionais brasileiros na área de recursos humanos e de administração. Em pouco mais de 30 minutos, o coordenador acadêmico de graduação e de pós-graduação da Unigranrio mostrou toda a importância dessa área estratégica, além de revelar outro atrativo extra: o salário. Ele varia de R$1 mil a R$5,9 mil, tudo dependendo do talento de cada profissional de RH. Para entender o verdadeiro papel dessa profissão tão dinâmica, basta acompanhar as respostas de Aureliano sobre os principais pontos desse curso.
Em que áreas um profissional de Recursos Humanos pode atuar?
Aureliano Tavares — Principalmente na área de gestão de pessoas, mas também tem muito campo na área de Departamento de Pessoal, que é um subsistema do DRH. As oportunidades podem ser divididas, assim: Departamento de Pessoal, onde o profissional poderá atuar na área de processos administrativos e rotinas de pessoal, tais como admissão, demissão, folha de pagamento, cálculos trabalhistas, entre outras atividades pertinentes ao departamento. Já em Departamento de Recursos Humanos, esse setor é essencial para programas a gestão de pessoas, como, por exemplo, em Recrutamento & Seleção, Treinamento & Desenvolvimento, Benefício e programas de qualidade de vida no trabalho, Pesquisas de Clima Organizacional, capacitação acadêmica por meio de universidades corporativas, análise de processos do DRH, entre outros.
Como está o mercado para essa área?
AT — Este mercado está aquecido. Há muita demanda para este profissional. O mercado tem recebido muito bem o profissional de Recursos Humanos. Trata-se de alguém direcionado para gestão deste departamento; um especialista com capacidade e habilidade pertinentes ao desenvolvimento e gerenciamento deste importante setor. Estamos passando por um momento propício no mercado, porque empresas pequenas estão em perfeito crescimento, enquanto que empresas médias estão se transformando em grandes empresas. Dessa forma, torna-se premente a transformação de empresas de gestão artesanal para profissional. Diante deste cenário, é necessário o alinhamento das organizações às transformações mercadológicas, atuando internamente como um provedor de soluções na área de gestão de pessoas.
Existe necessidade de mais profissionais na área? Se sim, a que você atribui isso?
AT — Sim. A transformação global inclui o Brasil nos países emergentes, sendo considerada a 7º economia mundial. Este impacto de crescimento e investimento propõe que as organizações respondam as demandas deste mercado de forma inovadora, já que o DRH é um pilar importante na produção de inovações.
Qual é a área que mais necessita de profissionais?
AT — Este profissional tem um campo específico no DP e DRH, mas também tem oportunidades como consultor de RH.
Quais são as oportunidades de trabalho no setor público?
AT — O setor público passa por um profundo processo de requalificação de seus servidores. O DRH tem uma participação decisiva, tendo que mapear os processos internos, desenvolver pessoas e entender as novas demandas do século XXI. Além dessas demandas, terá a incumbência de aproximar o setor público do cidadão contribuinte, humanizando esta relação que, normalmente, tem uma percepção negativa por parte do contribuinte. Tem sido muito comum observar servidores públicos atuando em programas de graduação e de pós-graduação, Lato e Stricto sensu. Aproveito para esclarecer, definitivamente, a mística de que superior tecnólogo não é aceito em concurso publico. Este curso é reconhecido e validado pelo MEC, podendo, inclusive, prosseguir os estudos em programas de pós-graduação. Existe também a possibilidade deste profissional atuar como consultor externo de RH.
E no setor privado?
AT — São inúmeras as possibilidades, como comentei anteriormente, porque o mercado aquecido provoca leva empresas à inovação e excelência no atendimento. A capacidade de prover soluções deve ser instantânea e essa constatação justifica a figura do profissional de RH, que capacita, desenvolve e avalia sempre oferecendo soluções para demandas atuais e futuras.
Em geral como é a formação de um profissional? Quanto tempo varia?
AT — Na graduação é de 2 anos, com mínimo de 1600 horas de curso. Aqui na Unigranrio, onde sou coordenador, estruturamos o mesmo em dois momentos: primeiro são cursadas matérias que têm relação com o mercado, possibilitando, assim, que este profissional entenda o ambiente externo em que a sua organização está inserida. Na outra parte do curso aplicamos matérias que são específicas na formação do profissional de RH. Ao término do curso, o formando estará apto a entender as demandas específicas de sua área, alinhando os aspectos externos e suas interferências na organização, podendo promover as soluções necessárias, internamente. Entregamos ao mercado um profissional com uma capacidade múltipla de prover soluções para um mundo em transformação.
Em que áreas do conhecimento ele vai se aprofundar?
AT — Passa a ser uma decisão pessoal, já que cada um, ao se formar, poderá escolher seu caminho, podendo seguir no aprofundamento deste assunto por meio de pós-graduação ou cursos de extensão. Exemplo: Gestão Estratégica de Negócios e Pessoas, ou mesmo Gestão de Recursos Humanos. Já na área de extensão, cito Liderança e Motivação, Treinamento e Seleção, Cargos e Salários, entre outros.
Quanto tempo até a formatura?
AT — A duração do curso é de 2 anos, sendo que ao término desse tempo, se o aluno obtiver aprovação em todas as matérias, estará apto a receber o tão esperado diploma.
Como é o dia a dia da profissão?
AT — Assim como o próprio mundo, que é sempre desafiador, se o profissional estiver na área de DP, sua atualização em relação às leis trabalhistas necessitará de uma constante reciclagem. Se o mesmo estiver no DRH, seus desafios serão mutáveis a uma velocidade cada vez maior, pois pessoas precisam ser entendidas, transformadas, qualificadas e valorizadas. Este profissional precisa entender tudo o que ocorre de mais significativo, antes de os demais perceberem.
Que tipo de aptidões e interesses a pessoa deve ter para ser bem- sucedida na carreira?
AT — Como em toda área de conhecimento, estudar constantemente é o oxigênio necessário. Agora, para ser uma pessoa bem-sucedida depende, entre outros, de empenho, determinação e ação. E para construir uma carreira sólida, é necessário edificá-la desde o primeiro dia da universidade. Não podemos projetar uma carreira por ciclos; temos que ter planejamento, metas, objetivos e um caminho a seguir. As aptidões e interesses devem ser em torno de fatores fundamentais, como capacidade de gestão, capacidade de comunicação e inter-relacionamento, competência gerencial, inteligência emocional, potencial para área de negócios e de idiomas, além de conhecimento de informática e, principalmente, apaixonado por sua profissão.
Há uma expectativa de quanto deve crescer a área este ano ou para os próximos anos?
AT — Com os investimentos aportados nos país nos últimos anos, destacando o RJ com investimentos previstos entre 2012 e 2014 na ordem de R$ 211,5 bilhões —fonte do Governo do Estado do RJ —, estima-se um crescimento proporcional ao emprego, no estado. Daqui para os próximos anos, teremos inúmeros eventos no Brasil, em especial no RJ. Precisaremos capacitar, treinar, atender, gerenciar e cuidar de pessoas. Estas são atividades de gestão de RH que mostram que as pessoas devem se preparar para as inúmeras oportunidades.
Há cursos suficientes no Brasil?
AT — Sim. O que deve ser considerado por um candidato sobre curso de RH é a posição que a universidade ocupa no MEC. Existem diversos cursos, mas é fundamental o conceito no ENADE e IGC, a exemplo da instituição em que trabalho, em que os conceitos estão em uma escala de um a cinco. Nós, por exemplo, alcançamos o conceito quatro.
Qual a remuneração média de um profissional nessa área?
AT — Esta remuneração é relativa, porque depende do porte da empresa, do segmento de atuação, da participação desta empresa no mercado, entre outros aspectos. Abaixo, segue uma tabela atualizada, até março de 2013.
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