Tacada de mestre no Hóquei sobre Grama

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O campeão voltou, o campeão voltou! João Felipe Sauerbronn, professor dos cursos de mestrado e doutorado em Administração/Unigranrio, está nas Olimpíadas como comentarista do SporTV sobre um esporte ainda pouco conhecido e praticado no Brasil: hóquei sobre grama. João, que é ex-jogador desse esporte e comentarista do SporTV durante as últimas Olimpíadas, atuará no segmento desse jogo que tem11 jogadores de cada lado, grama sintética, bola feita de plástico e cortiça (3cm de diâmetro), uniforme que inclui caneleira até o joelho, tacos de fibra de carbono, e muito vigor físico.
Veja agora o vídeo com o comentário inicial de João Felipe.
“Esse é o melhor grupo de jogadores que nosso país já teve”, disse João Felipe.
Ele, que é comentarista do SporTV desde 2000, jogou pela seleção brasileira durante cinco anos, de 1998 a 2003, além de sido treinador da seleção feminina. “Será emocionante ver o Brasil pela primeira vez numa olimpíada. Esse é o melhor grupo que nosso país já teve. Antigamente havia amadorismo, mas nestes últimos 10 anos, o hóquei evoluiu muito, em técnica e na preparação física. Ao todo serão 12 equipes nesse mundial, mas sei que nosso país terá muita torcida e incentivo de todos. Eu joguei na Alemanha em 1997 e sei que atletas brasileiros que atuam no exterior serão importantes para o entrosamento de nossa equipe. As regras atuais têm valorizado muito o aspecto físico, sendo que cada jogo é praticado numa velocidade incrível”, afirma João Felipe.


João Felipe, um dos mais experientes do hóquei nacional, já integrou a equipe carioca e brasileira.
Quando jogava pela Sociedade Germânia (Rio), ele foi campeão durante sete anos. João acredita que a nossa seleção ganhará muita experiência jogando em casa, embora descarte qualquer possibilidade de uma medalha. “Com certeza, o hóquei terá maior visibilidade, a exemplo de outros esportes que participam pela primeira vez em Olimpíadas, como Badminton e o rugby”, garante João. Quem está afirmando isso é João Felipe, popularmente conhecido na turma do hóquei como Mipe. Esse craque tem títulos e competência muito al[em das quatro linhas: pentacampeão brasileiro pelo Sociedade Germânia, tendo participações importantes em competições pela seleção brasileira, como a Copa Pan-Americana de 2004, no Canadá, e a Copa Pan-Americana Indoor, disputada em 2002, nos Estados Unidos.
Brasileiros que atuam no exterior chegam para reforçar a seleção.
Dos 18 jogadores convocados para a seleção brasileira (de 20 a 32 anos), três são naturalizados e outros três têm dupla nacionalidade. O que acontece com jogadores de futebol que atuam no exterior, no Brasil ocorre o mesmo com os jogadores de hóquei, mas de forma inversa. Na Holanda, por exemplo, o hóquei é muito popular, onde cerca de 300 mil participantes praticam esse esporte, em que os goleiros mais se parecem com gladiadores, com seus capacetes e armaduras.

Brasil está no grupo A, ao lado da seleção australiana, favorita na disputa do ouro.
A Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama (CBHG) acaba de anunciar os jogadores e os jogos desse torneio. Nossa seleção masculina está no grupo A dos Jogos, ao lado de Austrália, Grã-Bretanha, Espanha, Bélgica e Nova Zelândia. No Brasil, estima-se que 5 mil praticantes atuem nesse esporte, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. As principais seleções apontadas para subir ao pódio das Olimpíadas são Holanda, Austrália e Alemanha.
Regras fundamentais.
É proibido o contato físico. Somente o goleiro pode usar, além do taco, pés, mãos e o corpo para dominar a bola dentro da área. O jogador com a posse da bola pode usar o corpo para protegê-la. Em caso de falta dentro da área, é cobrado pênalti a 6,4 metros do gol.


Hóquei sobre grama deve decolar após as Olimpíadas.
João Felipe explica que até 2003, no Brasil, só existiam federações de hóquei em São Paulo e no Rio. Quase todos os jogadores vivem de outros empregos, a exceção de Stephane Vehrle-Smith, que joga na primeira divisão da Inglaterra. Ficamos sabendo também que esse é o momento para que o hóquei sobre grama ganhe maior popularidade no Brasil, visto que não constam, até hoje, resultados expressivos no exterior, nem em jogos mundiais ou Olimpíadas. “Agora é a vez do hóquei brilhar e ganhar milhares de adeptos”, dispara João.
O esporte amador brasileiro sofre com a falta de recursos e patrocínios. João Felipe sugere a formação de novos talentos a partir das categorias de base . “Na verdade, faltam profissionais capacitados para treinamento e locais de treino com estrutura mínima, mas há uma nova perspectiva para que o hóquei sobre grama passe a figurar entre as principais notícias sobre esportes no Brasil.”, conclui.